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  • Foto do escritorJose Edmar Gomes

ARTE NA PRAÇA VI

Rock de Brasília como nos bons tempos

O sétimo evento da sexta edição do Projeto ARTE NA PRAÇA terá a “cara de Brasília”: será uma noite de muito rock’n’roll, abrilhantada pelas bandas Vera Efígie e Dom Macarius, no sábado, 28 de outubro, na Praça das Artes Teodoro Freire de Sobradinho, a partir das 19h.


A noite vai contar com equipamentos de qualidade, para acolher o som pesado das duas bandas e também com o charmoso show da professora Karol Thayná, considerada uma das melhores dançarinas do ventre do Brasil, que se apresentará no intervalo dos duas bandas de rock.


Além das atrações musicais, outra opção é visitar a Feira de Artesanato, com produtos manuais e utensílios domésticos, além de mudas de plantas ornamentais e frutíferas.


As barracas da Praça de Alimentação servem água, refrigerantes, sanduíches, caldos, churrasquinho, peixe e comidas diversas, a preços convidativos, já por volta das 17h.


O Projeto ARTE NA PRAÇA é um convênio entre a Associação ARTISE de Arte, Cultura e Acessibilidade e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do GDF, com apoio da Administração Regional de Sobradinho.


VERA EFÍGIE

A banda que vai abrir a parte musical do Projeto ARTE NA PRAÇA, no sábado 28 de outubro, teve sua gênese num dos melhores lugares, em que os jovens podem se expressar: a escola.


Em 1994, nascia -- no Colégio da Asa Norte – o simpático CAN -- a Vera Efígie, que já surfou nos bons ventos do rock do DF e, hoje, atravessa o deserto musical do Planalto, com a nostalgia que remete àqueles tempos áureos e efervescentes do ritmo que identifica o cenário musical de Brasília.


Dois remanescentes daquela época de descobertas juvenis, ainda permanecem na banda e eles se lembram bem daquela energia criativa, que permitiu o surgimento do melhor produto da Efígie: as músicas autorais Segredos, Espelho da Alma, Nada a Dizer e Crepúsculo.


O repertório autoral, no entanto, não seguiu seu curso, devido às dificuldades de gravação e distribuição, naqueles tempos. Realidade que a tecnologia mudou para melhor, nos dias de hoje.


“Estas músicas foram gravadas numa fita-demo, distribuída na escola, aos amigos e familiares. Fizemos releituras delas e estamos preparando para regravá-las e lançá-las nas redes e no Spotify,” acrescenta Alex Parrine, um dos quatro cavaleiros da Vera.


Enquanto preparam o novo trabalho para o mercado, os integrantes da Efígie continuam a se apresentar em festivais, bares e pubs de Brasília.


Parrine entende que houve uma regressão na exposição das atuais bandas de Brasília, no cenário nacional, se comparadas com as bandas das décadas de 80 e 90, mas acredita que o atual rock de Brasília tem substância e originalidade para voltar a ocupar o lugar que já ocupou no Brasil.


A Vera Efígie é composta por um baterista, um baixista e dois guitarristas/vocais, que bebem na fonte da Whitesnake, Pink Floyd, Van Halen e Rush e, no cenário nacional, eles seguem Barão Vermelho, Ira, Legião Urbana, Taffo, Plebe Rude, Beta Pictóris, e Escola de Escândalos (as três últimas do Rock Brasília, da década de 80).


No sábado, os quatro cavaleiros da VE vão expor sua melhor performance, interpretando canções que fazem a ponte entre o rock brasiliense, brasileiro e o resto do mundo. Confira abaixo:

01 – With or Without You - U2

02 – Another Brick The Wall II - Pink Floyd

03 – Tão Longe de Tudo – Barão Vermelho

04 - Até Quando Esperar – Plebe Rude

05 – Cocaine – Eric Clapton

06 – New Years Day – U2

07 – Every Breath You Take – The Police

08 – Luzes – Escola de Escândalos

09 - Proteção - Plebe Rude

10 - Núcleo Base – Ira

11 – Tempo Perdido – Legião Urbana

12 - Este Ano – Plebe Rude


DOM MACARIUS

Dom Macarius -- que já foi Angelo Macarius -- fundou as respeitáveis bandas Lotus Negro, de brilhante trajetória em Brasília, de 1998 a 2010; e Macarius Fusion, que também pontificou no DF, até antes da pandemia.


Como se vê, Macarius tem uma extensa carreira nos palcos do DF, em bandas ou em carreira solo. Ele é um dos roqueiros brasilienses que ocuparam, com competência, o vácuo deixado por Renato Russo e a Legião Urbana, a partir de suas letras existenciais e da sonoridade de suas bandas.

Dom Macarius traz em seu sangue o DNA musical de alta linhagem: ele é filho do guitarrista e multi-instrumentista Renato Piau, que acompanhou o cantor Luiz Melodia em sua qualitativa trajetória na MPB.


O roqueiro brasiliense foi contemplado, em 2014, com o Prêmio Cássia Eller, pelo Fundo de Apoio a Cultura – FAC, para a gravação do seu primeiro CD solo: Angelo Macarius – O Andarilho, lançado em show na Livraria Fenac do Park Shopping, aqui em Brasília, e no Festival Namastê, na Torre Digital, no ano seguinte.


Em seguida, lançou o EP Self-se Quem Puder, com as faixas Pau Pereira (Luciano Bispo) e Self-se quem puder (parceria com Thuyan Santiago). Ainda em 2015, por meio da votação popular, foi escolhido para apresentar-se na quarta edição do Festival Satélite 061, na Torre de TV.

Em 2019, veio o EP Cuidado Com o Andor e os clipes Procurando por Deus e Pau Pereira. A Macarius Fusion participou, ainda, com duas faixas da coletânea Capitão Retz e A Nau dos Piratas e continuou fazendo shows por todo o DF.


Macarius, por sua vez, passou a experimentar o cinema, dirigindo trilhas sonoras para os curtas Homilia, O Duplo e Fausto, todos do diretor José Campos, e Expresso, dirigido por João Lucas Braga.


Como ator, participou do filme O Radar, de Marisa Mendonça, que, em 2020, representou o Brasil no Festival Internacional de Cinema de Quito, no Equador.


Para o show de sábado, Dom Macarius vem acompanhado do Professor Victor (guitarra); Hugo Damasceno, originário da Lotus Negro(baixo) e Samerson Tel (bateria).


“A gente vai apresentar números que fazem sentido na minha vida. Algumas músicas têm a ver com os cenários que a própria vida nos apresenta”, define o roqueiro, bem a seu estilo estético-filosófico.


Para Macarius, a vida, a música o show são oportunidades de interiorização e de diálogo com as suas(dele) e as nossas vivências. “Não é à-toa que Paquetá, de Luiz Melodia, e Hey Joe, do Rappa, estão no repertório. Elas dialogam comigo e, certamente, com público”.


Sobre a transformação de Ângelo Macarius em Dom Macarius, o músico explica que quem entra no palco não é o Ângelo, mas sim o Dom, que são dois personagens que constroem a sua história musical. “Cada um com um importante papel.”


“O Ângelo andou muito atarefado na concepção de um conceito x ou y, entre a MPB e o rock. Se cansou e passou a missão pro Dom. O Dom não tá preocupado. Ele quer que a coisa flua o mais leve possível e a melhor forma que encontrou para expressar isso foi o rock,” define o autor de Procurando por Deus e O Andarilho.

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