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MÊS DE MARÇO

  • Foto do escritor: Jose Edmar Gomes
    Jose Edmar Gomes
  • 18 de mar. de 2022
  • 4 min de leitura

Associação de Sobradinho II

apresenta resultado de projeto de

de defesa das mulheres

Palestras, terapias, shows, feiras de produtos populares e rodas de conversas marcaram o Dia 8 de Março, em Sobradinho II


As mazelas sociais trazidas pela pandemia de covid fizeram com que a Associação de Mulheres de Sobradinho II (AMES II) intensificasse suas ações, nos últimos dois anos, com o desenvolvimento do Projeto de Valorização da Mulher e Combate ao Machismo, entre as vítimas de violência doméstica e com os adolescentes de 18 escolas da região.

O resultado das iniciativas foi apresentado a centenas de mulheres, alunos, professores que participaram do projeto; às autoridades, entre elas o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB); e o diretor-geral do Detran, Zélio Maia da Rocha; no último 8 de março, Dia Internacional da Mulher, numa grande festa na sede da entidade, que fica em frente ao Restaurante Comunitário.

O presidente da Câmara, Rafael Prudente, conversa com mulheres da Associação de Mulheres de Sobradinho II


O evento foi realizado em parceria com a Associação Artise de Arte, Cultura e Acessibilidade, que vai dar continuidade às ações de defesa das mulheres vítimas de violência, com a realização de um evento mensal até o mês de agosto, da Feira da Arte e Direitos Humanos, na Praça das Artes Teodoro Freire, na Quadra 08 de Sobradinho. O primeiro evento será realizado no próximo dia 27 de março.

Em Sobradinho II, no dia 8 de março, palestras, terapias, recitações poéticas, feiras de produtos populares e rodas de conversas, com terapeutas e especialistas das áreas afins marcaram o dia e, à noite, a festa continuou com shows das cantoras Dani Machado e Vanessa Porto.


Ivonete Ribeiro dos Santos, diretora administrativa e assistente social da associação, revela a dura realidade das famílias, agravada pelo desemprego e pela presença da droga e do alcoolismo, que acaba desaguando em violência doméstica contra esposas, mães e avós, que passam a ser agredidas pelo marido, filhos e netos.

Ivonete Ribeiro dos Santos (Presidente da AMES II)


“A gente vê mulheres idosas, muito carentes, que sofrem agressão dos próprios netos, alucinados pelas drogas. Daí, a importância da conscientização do respeito à mulher chegar às escolas, mas a pandemia também fechou as escolas e a situação se agravou,” explica Ivonete.


DELEGACIA DA MULHER

Esta situação fez com que a associação acolhesse estas mulheres e as encaminhasse a psicólogos, assistentes sociais, advogados e terapeutas, para que elas pudessem se sentir amparadas.


Ivonete revela que, em muitos casos, a situação exigia ocorrência policial e demais encaminhamentos para que as vítimas tivessem seus direitos assegurados pelas políticas públicas.


A assistente social explica que a ausência de uma Delegacia da Mulher em Sobradinho II dificulta ainda mais a situação das mulheres agredidas, que tinham que permanecer na sede da associação, até que a delegacia de polícia local pudesse atendê-las.


“São casos que deveriam ser atendidos por uma DeAM, mas as vítimas não tinham nem o dinheiro da passagem e a nossa associação não tem carro para levá-las à DeAM do Plano Piloto”, lamenta a diretora administrativa.

Ivonete assegura que, nos últimos dois anos, assolados pela pandemia, foi visível o aumento da violência contra a mulher na área de abrangência da AMS II. Para ela, o desemprego e o fechamento das escolas obrigaram o convívio diário de pai, mãe e filhos, dentro de casa. “E o pior: todos de barriga vazia, o que gera muita confusão,” explica.

A assistente social adverte que em Brasília, também, há fome, em função do desemprego, o que gera esta onda de violência. “A violência ocorre não somente pela ação das drogas ou do álcool, mas é a fome que traz discórdia pra dentro de casa.”


PRISÃO DENTRO DE CASA

“A Associação acolhe estas mulheres e, através do serviço social, fornece-lhes cestas básica e verde e ainda as capacita em cursos de artesanato e culinária – algumas produzem até conservas – para que elas tenham renda e possam sair desta “prisão”, dentro de casa, sem ter o que comer e o que fazer.”


Segundo Ivonete, as mulheres agredidas ou em situação vulnerável chegam à associação com a autoestima lá em baixo. Então, é desenvolvida uma série de ações, como as rodas de conversas com psicólogos, advogados e assistentes sociais, “para que as vítimas sintam que a dor delas não é só delas. Há uma rede de proteção para ampará-las”.


A associação, segundo a assistente social, sempre convida alguma autoridade que desenvolve política pública, para encaminhar as demandas das mulheres, em parceria com a entidade de defesa das mulheres de Sobradinho II.


Ivonete explica que, no evento do dia 8, estavam presentes o Pró-Vitima, programa de atendimento psicológico e social às vítimas de violência doméstica, física e institucional da Secretaria de Justiça e Cidadania (Fone: 2104 1480); Secretaria da Mulher, Delegacia de Polícia de Sobradinho II e a Seccional da OAB.


Estas iniciativas da AMES II, segundo Ivonete, suprem as deficiências ou a ausência de políticas públicas que poderiam melhor assistir as mulheres. “Nós (AMES II) somos o terceiro setor e estamos fazendo o papel que o governo deveria fazer, apesar de nossa precariedade, contando apenas com voluntários.”


A assistente social propõe que o poder público olhe mais para as pessoas que vivem nas extremidades sociais, premidas por vulnerabilidades de toda natureza, e sem o apoio das redes assistenciais do governo, que não chega nas periferias do DF, como deveria.

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