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Foto do escritorJose Edmar Gomes

ARTE NA PRAÇA VII

Roqueiros e seresteiros vão se encontrar na Praça

Sábado, 09 de novembro, será mais uma noite de diversidade e qualidade musicais, no palco do 13º evento da sétima edição do ARTE NA PRAÇA, projeto artístico-cultural multidisciplinar que vem se desenvolvendo semanalmente, desde meados de agosto, na Praça das Artes Teodoro Freire de Sobradinho, a partir das 19h.


A noite inicia-se com a performance da Banda FM, especializada nos clássicos do rock dos anos 70/80 e capitaneada pelo big boss Fábio Campos, ao lado dos músicos Marcelo Majestade (guitarra) e Renato (bateria).


Fábio, além de exímio instrumentista (ele toca violão, guitarra e teclados),  domina um repertório de mil clássicos do rock europeu e americano, além do rock nacional. É fã do Pink Floyd, da Legião Urbana e é professor de química.


Logo após o show das dançarinas do ventre, às 20h, o seresteiro Carlos Ramos (único que preserva profissionalmente este gênero da música popular, por aqui), o maestro Pierre Simões (teclados), Thiago (guitarra) e Iago dos Santos (bateria) brindarão os sobradinhenses com canções da velha guarda, tiradas do precioso baú de recordações, para iluminar ainda mais a noite na Praça.


Na sequência, a cantora Rosemaria Santos -- que tem origem em conjuntos de bailes e também já cantou (e canta) muitas serestas nos clubes de locais e de Brasília, inclusive ao lado do grande Nélson Gonçalves  – fará sua apresentação, acompanhada pelo mesmo trio de excelentes músicos.


A programação das noites de sábados conta sempre com a impactante apresentação de Karol Thayná e seu cast de dançarinas do ventre, atração permanente dos intervalos dos shows, sempre muito esperada e aplaudida.


O ARTE NA PRAÇA é desenvolvido pela Associação ARTISE de Arte Cultura e Acessibilidade, há seis anos, a partir de termo de fomento com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa; com apoio da Administração Regional e a inestimável colaboração do mandato do distrital Ricardo Vale.

 

 

 

FÁBIO CAMPOS & BANDA FM

O professor Fábio Campos sempre dá o ar de sua graça nas noites do Quiosque do Edinaldo, uma casa multifuncional, que se tornou o ponto de encontro de artistas, na Quadra 12, de frente para a Quadra Central de Sobradinho.


Lá, Fábio sempre é uma atração à parte. Afinal, não é toda noite que se ouve interpretações perfeitas de Pink Floyd, Nazareth, Black Sabbath, Nirvana, Oasis, Led Zeppelin, Foo Fighters, Iron Maiden, Queen, Bee Gees… e de bandas nacionais.


O cantor desenvolveu uma técnica vocal interessante: ele sozinho consegue reproduzir as várias vozes de uma banda, ouvidas nas gravações originais, o que se traduz num cover muito próximo ao original. A plateia percebe sua habilidade vocal e o aplaude fervorosamente.


Fábio Campos é brasiliense do Gama, mas aperfeiçoou-se em violão e guitarra na Academia Maestro de Taguatinga, a partir de 1996, e seguiu carreira solo até 2014, quando fundou a Banda FM, juntamente com Fábio Negrão e Marcelo Majestade.


Fábio e a Banda FM dominam um amplo repertório de rock, pop e MPB. Ele tem na memória as letras e melodias de aproximadamente mil canções do rock dos anos 70/80. Não é pouca coisa para quem não domina totalmente a língua inglesa.


Quem ouve o repertório requintado e até exótico da Banda FM, na voz de Fábio Campos, não imagina que ele já participou de bandas e corais de igrejas evangélicas, o quê sempre é excelente escola musical, haja vista a seriedade com que ele encara suas interpretações e compromissos profissionais.


band leader, apesar de ter o respeito de quem o conhece e a admiração de quantos o ouvem, continua um rapaz simples e acessível no dia a dia. Ele é simplesmente Fábio Campos, quando se apresenta nos diversos bares da cidade ou em grandes projetos.


Neste sábado, 09 de novembro, a partir das 19h, Sobradinho vai aplaudir o melhor do rock nacional e internacional, na voz de Fábio Campos e da Banda FM.

 

 

 

CARLOS RAMOS & ROSEMARIA

Dois cantores sobradinhenses vão relembrar bons tempos das serestas e bailes nos clubes

 

O seresteiro Carlos Ramos (único que preserva profissionalmente este gênero da música popular, por aqui), o maestro Pierre Simões (teclados), Thiago (guitarra) e Iago dos Santos (bateria) brindarão os sobradinhenses com uma noite em que inesquecíveis canções da velha guarda sairão do seu baú de recordações para iluminar ainda mais a noite na Praça.


Na sequência, a cantora Rosemaria Santos -- que tem origem em conjuntos de bailes e também já cantou e canta muitas serestas nos clubes locais e de Brasília, inclusive, ao lado do grande Nélson Gonçalves  – fará sua apresentação, acompanhada pelo mesmo trio de excelentes músicos.


Assim sendo, a noite será, também, uma oportunidade para quem busca qualidade musical apreciar um repertório interpretado por vozes marcantes, que preservam a memória do cancioneiro do Brasil e o jeito de ser dos sobradinhenses.

 

CARLOS RAMOS  – o Carlinhos Voador - afirma que já nasceu apaixonado pela música. Hoje, ele é uma espécie de músico em extinção – o seresteiro que absorveu a cultura das grandes vozes da época de ouro do rádio, aliada ao bom gosto das letras e ao requinte das melodias.


Com apenas 11 anos, ele já se apresentava nas festas cívicas e recreativas do Ginásio Dom Prudêncio, em Posse-GO, cantando os sucessos que o rádio tocava na época. 


E não eram músicas que entram num ouvido e saem no outro, não; mas páginas musicais expressivas, como o bolero Lado a lado: ... Lado a lado, meu amor, mas tão longe/Como é grande a distância entre nós; de Jerônimo Bragança/Nóbrega e Souza, gravado pelo mineiro “chorão”, Carlos Alberto, em 1963.

O garoto Carlinhos também fazia ecoar os versos do tango Silêncio, de Carlos Gardel. Carlos Ramos, como se vê, já pegava pesado nas interpretações, imitando grandes vozes, desde criança.

Ele aprendeu logo a tocar violão e permaneceu de ouvido ligado no que o rádio tocava. Até que um dia, ouviu Jamelão cantando Folha morta.


Aqueles acordes, melodia e voz lhe causaram forte impacto e os versos escritos pelo gaúcho Lupicínio Rodrigues fixaram-se na sua memória e no seu coração.


Daí para frente, ele passou a cantá-los sempre nos seus shows:  Sei que falam de mim/ Sei que zombam de mim/Oh, Deus!/ Como sou infeliz, sendo aplaudido por pessoas maduras e pelos jovens. 

Francisco Alves, Anísio Silva, Orlando Silva, Nélson Gonçalves, Carlos Galhardo, Francisco Petrônio, Carlos José e outras grandes vozes da velha guarda também foram ouvidas e absorvidas por Carlos Ramos.


Outras belas canções, como Chão de Estrela, A Deusa da Minha Rua e Luzes da Ribalta, estão presentes no seu repertório, que valoriza a seresta e as grandes páginas musicais do cancioneiro brasileiro.


O show de Carlos Ramos, do próximo sábado, a partir das 21h, na Praça das Artes, será regido pelo maestro Pierre Simões, nos teclados; com acompanhamento de Thiago (guitarra) e Iago Santos (bateria).

 

ROSEMARIA ALVES -- Cantar é um dos principais ofícios de Rosemaria Alves. Embora já tenha exercido cargos públicos importantes, ela é também atriz, artesã, dona de casa e fundadora da Alas – Academia de Letras e Belas Artes de Sobradinho, da qual é presidente.


Com tantas atividades, a cantora diz que precisa de um dia com, pelo menos, 30 horas. Afinal, ela ainda toca violão, percussão e está sempre renovando o repertório.


Filha dos pioneiros de Brasília, Seu Cassiano Alves dos Santos e Elisabete Gomes dos Santos – a dona Belinha – Rose mora em Sobradinho, desde 1963. Sua empatia com a música chegou cedo, ao ouvir dona Belinha cantarolar certas canções e aboios, enquanto cuidava da casa.


Mas Rose deu asas a sua vocação, participando de corais escolares e paroquianos, cursos de verão na EMB e Escola Rafael Rabelo (Clube do Choro), mas ela garante que sua maior escola foi a noite.

“Sempre gostei muito de cantar, mas tinha que dividir o tempo entre o prazer da música e outras atividades para garantir a sobrevivência”, explica.


Ainda muito jovem, enfrentou a noite, ao lado dos famosos conjuntos de baile, entre eles o Som da Noite, que era dirigido pelo saudoso Maninho; Banda Edição Extra; Oasis; Arpuro e outros.


“A Banda Som da Noite foi muito importante na minha formação, porque fazíamos bailes na cidade e em outros estados”, esclarece.


Mas a cantora percorreu uma longa estrada na sua vida musical e; além de levar sua música a clubes, salões paroquiais, sindicatos e cidades do DF; já se apresentou para milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios e em grandes cidades como Goiânia e Barreiras. Além disso, outras cidades de Goiás, Minas e Tocantins a acolheram com carinho.


Com o amadurecimento musical, que a noite proporciona, Rosemaria começou a se aproximar da MPB integrando as Bandas Poetas do Samba, Damas de Ouro, Fulô Dy Mandakaru e Nó na Madeira.

Hoje, Rose é considerada uma requintada intérprete da MPB, que adora o samba e cultiva o saudável hábito de ouvir e cantar Chiquinha Gonzaga, Cartola, Nélson Cavaquinho, Vinicius de Moraes, Luiz Gonzaga e Chico Buarque.


Mas, apesar de já ter galgado os melhores palcos da Capital, ela não se esquece das noites musicais que marcaram os anos 70/80/90, nos clubes e bares de Sobradinho.


“Eram momentos de descontração, confraternização e entretenimentos saudáveis, que colaboravam para a qualidade de vida e saúde emocional das pessoas,” acredita.


A artista observa que o desaparecimento das serestas a redução das noitadas de música ao vivo estão ligados a mudanças no comportamento das pessoas e na dinâmica do mercado musical.


“Hoje, ao buscarem entretenimento, as pessoas acabam optando por soluções mais acessíveis, como playbacks e plataformas digitais, que, embora práticas, não substituem a essência e a energia de uma apresentação ao vivo,” aponta.


Para recuperar o que foi perdido, a cantora propõe a criação de projetos e eventos comunitários regulares, que celebrem a música ao vivo, e valorizem os artistas locais com remuneração adequada.


E um destes projetos é o ARTE NA PRAÇA, onde Rosemaria vai apresentar, no sábado próximo, a partir das 21h, um repertório de clássicos da MPB, com destaque para ícones como Roupa Nova, Djavan, Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto, Belchior, Ivan Lins...


Vamos lá! Garanto que a festa vai ser boa e a Praça das Artes está, a cada noite de sábado, mais legal.     

 

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